Primeira do Rio na Esgrima Adaptada luta por equipamentos

A para-atleta petropolitana Fabiana Soares, de 37 anos, é a primeira do estado do Rio de Janeiro na Esgrima Adaptada. Atualmente, treina no Sport Club Magnólia e a luta vai muito além do aprimoramento na modalidade: a esgrimista busca recursos para adquirir uma cadeira de rodas adaptada e um fixador.

Fabiana Soares é portadora de necessidades especiais, com uma deficiência na perna, uma menor que a outra. Apesar de não ser cadeirante, enquadrou-se na modalidade de esgrima adaptada ou esgrima sobre cadeira de rodas. O primeiro passo para a aquisição da cadeira já foi dado através de um financiamento coletivo que chegou a arrecadar R$2,5mil entre conhecidos, amigos, anônimos e empresas.

“O equipamento completo, custa em torno de cinco mil e setecentos, ou seja, temos menos da metade do valor. Então, conto com a sensibilização da população da minha cidade, a qual representarei com muito orgulho, para que me ajudem a adquirir a cadeira e os fixadores” convoca.

Pioneira da esgrima adaptada no estado do Rio de Janeiro, onde não há nenhuma participante na prática desse esporte, atualmente treina no Magnólia com o mestre d’armas Guilherme Giffoni, da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno e outros esgrimistas. Fabiana pratica em uma cadeira de madeira, o que compromete em diversos aspectos de desempenho e segurança, podendo até mesmo ocasionar lesões. Também há a necessidade de fixadores apropriados da cadeira de rodas adaptada, o que eleva o valor do investimento.

Há poucos passos de representar a cidade de Petrópolis na primeira Copa do Brasil, em Belo Horizonte, em março, Fabiana vê como um grande obstáculo a falta do equipamento apropriado para treino. A busca por recursos seja através de um novo financiamento coletivo, apoios com depósito em conta ou patrocinadores continua.

“A cadeira de madeira machuca e compromete o desempenho dos treinos. Nos próximos meses participarei de vários campeonatos importantes, como a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa das Américas. Representarei o estado do Rio de Janeiro e a cidade de Petrópolis, mesmo com todas as dificuldades. Quero escrever o meu nome na história e com a ajuda de todos, tenho certeza que meu sonho será realizado” finaliza Fabiana.

A esgrima em cadeira de rodas é modalidade do programa Paralímpico desde os primeiros jogos em Roma (1960) e praticada por atletas com deficiências motoras, sejam cadeirantes ou não. É disputada individualmente ou por equipes, e destina-se a atletas portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina. A cadeira é fixada ao solo, por meio de uma armação especial, chamada de fixadores, que ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. O atleta portador de deficiência física motora é classificado em uma das três classes (A, B, ou C), dependendo de sua habilidade de movimento.

Aos interessados em mais informações e formas de apoio, podem entrar em contato com a esgrimista pelo telefone (24) 98131-3885 ou pelo e-mail fabifisio2011hotmail.com. Fabiana Soares segue na luta de superação no esporte paralímpico brasileiro.

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