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Profissionais da Pé de Vento/Caixa buscam qualificação.

  • focodesportivo
  • 4 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

Na Semana da Educação Física, Marcelo Defaveri e Talita Wendling mostram conhecimentos adquiridos em curso na Farj.


Esta semana foi comemorado o Dia do Profissional de Educação Física, para marcar a importância desse ofício que une educação e saúde na prática esportiva. Na Pé de Vento/Caixa, dois formados nessa atividade não se contentam com os conhecimentos adquiridos nas universidades, mas buscam ainda mais qualificação para as carreiras. É por isso que o auxiliar técnico Marcelo Defaveri e atleta Talita Wendling participaram de um curso promovido pela Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro (Farj) no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no Rio.


Nesse curso, ministrado pelo PhD em técnicas e ciência do desporto Nicola Sivaggi, ligado à Federação Italiana de Atletismo (Fidal), Defaveri e Talita aprenderam como é possível melhorar a força e potência física com movimentos (como de musculação) lentos.


– Foi um seminário trazendo uma pesquisa que a Itália fez durante sete anos buscando o aperfeiçoamento do treinamento de velocidade através de movimentos lentos, ou seja, ativando as fibras brancas da musculatura, tirando o aporte de oxigênio das fibras vermelhas – explica Defaveri.

Essa pesquisa teve início em 1999, mas foi realmente desenvolvida a partir de 2005. Os italianos perceberam que os níveis de ácido lático no sangue quando os atletas faziam atividades como supino ou agachamento em ritmos mais lentos era bastante similar ao de corredores de provas, como de 100 metros rasos.


– Eles puderam comprovar até quantos segundos aqueles movimentos lentos se transformam em ganho para os atletas, como que a utilização de mais ou menos desse treinamento podem afeta o resultado. Então foi um estudo muito específico comprovando que aquilo realmente funciona – completa Talita. Como exemplo para os quase 100 alunos do curso, os italianos trouxeram um atleta de halterofilismo. Acostumado a levantar pesos de até 240 kg, ele foi desafiado a fazer agachamentos com apenas 140 kg, mas no ritmo (lento) determinado pelos pesquisadores. Esse atleta não chegou sequer à 10ª repetição do movimento.


Apesar de ser um estudo mais voltado para provas rápidas, e não para as de meio-fundo e fundo – especialidades da Pé de Vento/Caixa –, Defaveri e Talita mostram como esse aprendizado pode ser muito útil à equipe: na preparação para toda uma temporada e na prevenção de lesões.

– Foi voltado mais para velocistas, para distâncias menores do que a gente costuma trabalhar, mas dentro do que eles apresentaram, é um trabalho para ganho de potência e que tem que ser dentro de períodos específicos do treinamento. Para gente, é melhor nos períodos de preparação da base muscular, onde se trabalha força e potência do atleta. Junto com o trabalho de força, em duas a três semanas de trabalho de base a gente consegue aumentar a potência muscular, ou seja, trabalhar um pouco mais as fibras brancas, que no meio-fundo não são tão utilizadas quanto as vermelhas – comenta Talita.


– A gente consegue encaixar isso no nosso padrão de treinamento da Pé de Vento/Caixa, que são atletas de fundo, principalmente no início da série de treinamentos (na pré ou na intra-temporada). A gente consegue dar esse suporte muscular para o atleta visando preparar o corpo dele para a carga de treinamentos que ele vai receber ao longo do ano. A gente tem que saber identificar as demandas que cada atleta necessita e poder encaixar esse treinamento junto à planilha específica das corridas. Então se a gente conseguir diminuir o índice de lesão do atleta através desse treinamento de força, a gente sabe que está no caminho certo – continua Defaveri.


O aproveitamento nesse curso foi tão bom que Defaveri e Talita esperam que outros intercâmbios como esse possam ser promovidos pelo Farj.


– A gente sempre acha que já viu de tudo e que daquele assunto já ouviu e está bom. Mas apesar de já ter ouvido falar e já ter aplicado um pouco até em mim anos atrás, foi demonstrado de uma maneira completamente diferente. E somou às informações que eu já tinha para aplicar aos treinamentos da Pé de Vento/Caixa, identificando as demandas de cada atleta, que apresentam reações diferentes aos treinos aplicados – comemora o auxiliar técnico.

– Até sugeri à Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj) que tivesse mais cursos como este, em que podemos lidar com atletas de alto de rendimento de outros esportes, como levantamento de peso. Além de que poder participar de aulas ministradas por professores capacitados internacionalmente é um privilégio – elogia Talita.


Dr. Henrique ganha homenagem


No Dia do Profissional de Educação Física, o técnico da Pé de Vento/Caixa, Dr. Henrique Viana, foi homenageado em um evento realizado no Theatro Dom Pedro, em Petrópolis. A comemoração foi organizada pelo presidente do Conselho Regional de Educação Física, André Fernandes, e teve a presença ainda do secretário de Esporte e Lazer de Petrópolis, Renato Freixiela, e diversos profissionais da área.


 
 
 

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