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Entrevistamos Bruno Barbosa, do Team Buda de Jiu-Jítsu.

  • focodesportivo
  • 29 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

A entrevista de hoje é com Bruno Barbosa, do Team Buda. Bruno se profissionalizou cedo no esporte e hoje, com sua experiência, ajuda aqueles que tem dificuldades através das artes marciais.


Foco Desportivo: Como surgiu seu contato com as artes marciais?


Bruno Barbosa: Eu sempre fui fã de artes marciais. Mas o que eu sempre admirei mesmo são os jogos olímpicos. Meu primeiro contato com arte marcial foi com o Kung Fu, aos 10 anos de idade.


FD: Após esse contato, como sendo sua convivência dentro do esporte?


BB: Artes marciais em geral ajudam muito no desenvolvimento do caráter, autocontrole, disciplina e muitas outras coisas. Eu pratico Jiu-Jitsu a 16 anos e o impacto na minha vida é imensurável. Conquistei coisas que jamais poderia imaginar vindo de onde eu venho. Hoje em dia eu viajo o mundo ensinando, treinando e competindo.


FD: Quando foi embora para a Malásia e por quê?


BB: Há dois anos eu recebi um convite de um amigo para trabalhar ensinando Jiu-Jítsu na Malásia. Era um sonho se realizando. No Brasil atleta não tem valor. E em Petrópolis só tinha reconhecimento de pessoas do meio esportivo. Nunca tive apoio de secretaria de esporte. Já passei por muita coisa pra seguir firme no esporte. Já dei aulas em cinco lugares diferentes no mesmo dia. Já dependi da ajuda de amigos pra tomar um simples café. Hoje muitos desses amigos são alunos que estão se destacando no circuito nacional, e que como eu não tenho reconhecimento do governo de nossa cidade.


FD: Quais são os maiores campeonatos que já participou e qual que mais te marcou?


BB: Eu já participei dos mais importantes campeonatos de Jiu-Jitsu. Brasileiro, Europeu, Internacional, Mundial e muitos outros. O que mais me marcou foi meu primeiro Mundial em 2004, como faixa roxa. Tudo ao redor foi marcante. A maneira como me classifiquei, o dia do campeonato, que foi numa sexta feira. Tudo mesmo foi marcante.


FD: Hoje, a luta te tornou uma pessoa?


BB: Eu falo particularmente do Jiu-Jitsu. É mais que uma arte marcial. Nós chamamos de estilo de vida. Você realiza que tudo na sua vida é como Jiu-Jitsu e que tudo no Jiu-Jitsu é como na sua vida real. Jiu-Jitsu me fez uma pessoa melhor, a controlar meu ego, entender a fraqueza de outras pessoas, saber que nem tudo vai como você quer. Jiu-Jitsu me deu a oportunidade de conhecer vários países, dar uma qualidade de vida melhor pra minha família e poder ajudar meus amigos. Só mesmo vivendo pra entender o que eu quero dizer.


FD: O que mais sente falta do Brasil?


BB: Sinto falta de minha família, amigos e do Jiu-Jitsu no Brasil. Fora isso não sinto falta de nada.


FD: O que o Team Buda representou em sua vida e representa?


BB: O Team Buda é minha base forte. Mestre Buda é meu pai. Através dele muitos como eu estão tendo a oportunidade de conquistar coisas através do Jiu-Jitsu. Sem ele não existe o Team Buda. Hoje sou o diretor do Team Buda Internacional na Malásia. Mas todas as minhas decisões passam por ele.


FD: Deixe uma mensagem para aqueles, que como você, quer ir atrás dos seus sonhos.


BB: Eu digo pra acreditarem com toda força naquilo que você tem como objetivo. Nada vai ser fácil, você vai ter que sacrificar coisas, sentir saudades de pessoas que ama. A realidade é dura, mas o final vale a pena. Tem uma frase que eu gosto muito que diz o seguinte. "Tudo pode ser melhor, pelo menos valoroso, isso não significa menos doloroso.” Eu ouvi essa frase em uma musica do cantor Michael Puga de Nova Friburgo. Já passei por muita coisa, mas nunca desisti. Quando você encara a vida como uma situação de luta de Jiu-Jitsu as coisas ficam mais leves.


 
 
 

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