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Entrevistamos Márcia Verônica, Técnica de Vôlei do Petropolitano FC.

  • focodesportivo
  • 28 de mai. de 2015
  • 4 min de leitura

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Com aproximadamente 12 anos de carreira no Voleibol, a professora Márcia Verônica nos conta nessa entrevista os desafios, as suas maiores conquistas e satisfações dentro do esporte.


Foco Desportivo: Nos fale um pouco da sua vida como atleta, por quanto tempo e em quais times jogou?


Márcia Verônica: Sou ex-atleta de handebol. Comecei em campeonatos escolares municipais, depois joguei fora da cidade, até chegar à seleção carioca de handebol, onde participei de três campeonatos estudantis Brasileiros (JEBS). Depois fui convocada para seleção Brasileira, onde participei dos treinamentos, por alguns meses apenas, pois por questões financeiras e familiares, tive que retornar de São Paulo, onde aconteciam os treinos. (em 1980). Mais tarde já na faculdade, conheci o voleibol, me apaixonei e comecei a praticá-lo. Joguei vôlei pelos clubes Magnólia, Corrêas, Petropolitano F.C, Slavieiro-RJ; e atualmente faço parte da equipe máster de vôlei de disputa por Petrópolis, o campeonato brasileiro de máster que acontece anualmente no Centro de treinamento de vôlei da CBV em Saquarema.


FD: Como professora atuante hoje no Petropolitano F.C, quais são as maiores dificuldades em disseminar o esporte?


MV: Hoje atuo no Petropolitano F.C, com uma escolinha chamada VÔLEI MÁRCIA de formação de atletas de vôlei, que pagam mensalidades para aprenderem a jogar vôlei, e para aqueles que gostam de competir, temos horários extras para os treinamentos para equipes de competição, que nestes horários e para esta finalidade, os atletas não têm custo algum, pois nossa escolinha tem um cunho social, que é de dar oportunidade aqueles que gostam deste esporte independente da sua classe social. As crianças de hoje não brincam na rua, na praça, essa geração é da era digital. Quase 100% são sedentários, com coordenação motora comprometida. Nosso trabalho começa a partir daí, na preparação física desta criança, com trabalhos de coordenação motora, lateralidade, equilíbrio, para depois entrarmos no esporte propriamente escolhido. As crianças aparecem lá no clube comigo para jogar vôlei, normalmente porque o pai ou a mãe jogaram ou porque os pais me conhecem ou porque viram na TV; ou porque já tem amigos lá na escolinha. Dificilmente é por indicação de um colégio. As escolas deveriam investir mais na prática esportiva, a criança precisa ser estimulada a partir da escola, a criança precisa conhecer os esportes para ter o direito de escolher um que lhes agrade. Sinto muita falta de ter uma parceria com o governo municipal, no sentido de divulgar aos alunos das redes municipais nossos trabalho , pois estaríamos dando oportunidade a muitos, e talvez descobrindo alguns talentos , dando visibilidade a nossa cidade, e a nossa prefeitura também. A falta da cultura pelo esporte, talvez por falta de espaços públicos, oportunidades, conhecimento, interesses, torna o nosso trabalho mais difícil para educar através do esporte. Outra dificuldade é encontrar empresas que possam estar nos apoiando financeiramente para nos mantermos vivos. Começar um projeto é relativamente fácil, manter um projeto é o grande desafio. Temos desgaste do material esportivo, manutenção da infra estrutura, professores qualificados, jogos amistosos, viagens, etc. Hoje parte das equipes de competição são custadas pela própria escolinha de formação.


FD: Quais foram os campeonatos, torneios mais importantes em que atuou?


MV: Torneio realizado no Tijuca T.C; Grajaú T.C. ; no Colégio Salesiano de Resende; em Valença na Associação Balbina Fonseca; Torneio do SESC de Nogueira; torneios abertos do próprio Petropolitano F.C; Torneio em Sapucaia e atualmente estamos participando do Campeonato Estadual ; Campeonato Regional Sul Fluminense e Liga Rio Vôlei.


FD: Com esses campeonatos que estão acontecendo, quais são as expectativas e como tem sido a preparação?


MV: Nossa expectativa é plantar uma semente, para que outras crianças sigam o exemplo do caminho do bem, através do esporte, e da vida saudável e que ao longo deste ano, possamos ganhar vivencia, amadurecimento, visibilidade, ajuda financeira, para nos próximos anos estarmos ajustando cada vez mais nossa equipe tecnicamente e taticamente, ganhando novos adeptos, lutar de igual para igual com as grandes equipes que já participam a mais tempo que nós. Outro fator importante é a visibilidade e oportunidade que este campeonato dará aos nossos atletas, pois estes estarão sendo vistos por outros técnicos e olheiros de seleções de base, que poderão estar convocando nossos atletas para treinarem junto a uma destas seleções de base. Um campeonato deste porte também trás grande visibilidade para as empresas parceiras das equipes de competições, pois acontece muito retorno por parte das mídias faladas e escritas, exposição das suas marcas nos uniformes, Backdrop, redes sociais, no clube, etc. Além do fato importante que equipes de clubes famosos no futebol do Rio de Janeiro, estarão também jogando aqui em nossa cidade, pois vamos sediar alguns jogos em casa . Nossa preparação está longe de ser a que gostaríamos que estivesse acontecendo, por falta de disponibilidade de local e horário para treinamento, material mais específico. Procuramos nos adequar dentro das possibilidades que temos, para que a nossa realidade seja a mais próxima possível das outras equipes de competição. Exploramos ao máximo cada minuto que treino que temos, buscando nele a excelência do treinamento, com muita dedicação, e muito estudo acima de tudo. Temos um grupo muito bom treinando, algumas promessas futuras, um bom ambiente de relacionamento entre atletas/ atletas com atletas/comissão técnica, e a participação e o apoio dos pais, sempre presentes, incansáveis na tentativa de nos ajudar dentro das suas possibilidades.


FD: Qual foi sua maior satisfação dentro do Esporte?


MV: É saber que atletas que passaram pela minha formação, foram convidadas para compor grandes equipes na cidade do Rio de Janeiro. Isso consolida nosso trabalho, valoriza e nos motiva para querer ser melhor cada vez mais, na busca pela excelência do nosso trabalho.

Outra grande satisfação é ver minha escolinha crescendo. Quando comecei o projeto tinha apenas uma turma com 16 alunos. Hoje tenho cinco horários, cerca de 80 alunos e três equipes de competição.


FD: Ok Márcia muito obrigada...


 
 
 

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