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Boa Esperança enfrenta dificuldades e busca ajuda para se reerguer

  • focodesportivo
  • 10 de fev. de 2015
  • 3 min de leitura

O Boa Esperança Futebol Clube retorna às suas atividades, mas sem muitos motivos para empolgação. Esse ano, o clube disputará apenas os campeonatos municipais e em duas únicas categorias.


Depois das chuvas que destruíram o Vale do Cuiabá, em 2009, o clube foi completamente inundado, o campo se tornou um lamaçal e a quadra ponto de abrigo aos moradores que perderam suas casas. Até hoje, seis anos após a tragédia, o alviverde do Cuiabá não se reergueu completamente.


Atualmente, a única fonte de renda do clube são as vendas da cantina do local, não há nenhum sócio ou aluguel do espaço. O Instituto da Criança, patrocinado pela empresa Nike, investiu no clube, refez o campo e a quadra, e aos poucos está pintando o local, tornando a espaço próprio para jogos de futsal, vôlei e basquete. Porém, as infiltrações do telhado estão destruindo tanto a estrutura, quanto as recém obras feitas.


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O maior problema que o Boa Esperança encontra hoje, além da completa falta de estrutura, são as ações que correm contra ele na justiça, ações essas que se arrastam há muitos anos e já estão com alto valor de custo: “São ações muito antigas, de 1985, que as pessoas não conhecem. Todo mundo tem o direito de receber o que merece, mas o Boa Esperança não tem como reverter isso. O clube não tem condições! O Boa Esperança deve 80 mil em uma dívida, os clubes grandes devem milhões, e hoje a gente pode ter aqui um recurso para um coisa pequena. Essas são as dificuldades. Estamos mostrando a realidade, o que ele pode fazer, o que nós podemos trabalhar para acabar com essas, porque sem elas as pessoas podem ajudar o dobro.”, comentou o presidente Antônio Sérgio de Araújo, o Toninho.


O maior desejo do presidente é que as pessoas conheçam o Boa Esperança e trabalho que ele faz, e quer fazer. Com o conhecimento do lugar, segundo Toninho, ficará mais fácil saber as reais necessidades e como ajudar: “Eu sempre falei com as pessoas, que eu queria que elas viessem conhecer, ver o trabalho do clube, ver o que temos, o que ele precisa e no que elas podem ajudar. Tem muita gente que pode ajudar com muitas coisas, com uma coisa que está em casa jogado fora, o clube precisa. Às vezes, uma coisa que não serve para mim, mas para o clube serve! Chegando aqui, verão que ele pode me ajudar o dobro que ele está pensando. Uma coisa que às vezes eu não estou enxergando, vem uma pessoa de fora e enxerga na situação.”, completou.


Quanto ao quadro técnico, o Boa Esperança tem apenas quatro técnicos: Luiz Xavier e Fernando, que comandam a categoria Sub 15 de futebol de campo e Rafael e Lilinho, que treinam o Sub 15 e Sub 17, no futebol de salão.


“Pra gente está bem difícil! Hoje nós temos aqui só o Sub 15 e no futebol de salão o Sub 15 e o Sub 17. Então eu posso falar que essas três categorias nós vamos disputar, porque os meus treinadores já estão garantidos, e querem trabalhar, então, o Boa Esperança está com expectativa nessas três categorias. E vamos ver o que nós conseguimos mais, porque a não é fácil, estou lutando bastante e correndo muito atrás.”


Nem tudo são tristezas na história da entidade. Muito pelo contrário. Nos tempos áureos, o Boa Esperança disputou grandes campeonatos e foi campeão municipal em 1985, com um excelente time e têm também uma sala de troféus recheada de boas lembranças e premiações que contam o passado da associação esportiva.


O saldo da situação atual do clube, é um espaço enorme, mal aproveitado, com uma estrutura necessitando de inúmeras reformas e dívidas que precisam ser sanadas, mas que com muita vontade, e um olhar caridoso das pessoas, órgãos públicos e entidades esportivas da cidade, tem potencial para se tornar um dos melhores locais para a prática esportiva em Petrópolis.


“Desistir nunca! Enquanto eu estiver aqui, como presidente, estou lutando, estou batalhando! Porque o que eu quero é lá na frente falar que nós conseguimos da melhor forma reestruturar o Boa Esperança.”, encerrou o presidente.

 
 
 

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